terça-feira, 10 de junho de 2008

three sweet little lies

'furtado' do Serpentina EsKARLAte


Não se saberia de ser leve ou se ser profunda ou pesada incomoda ou se raios se deve ocupar disso, não fosse o encontro que borda um sentido neste coração.


Porque dói a condição feminina, mas não se saberia de gargalhadas de fugidas do pau ou de foras de presos no elevador... Risos de dentes roxos de vinho depois das lágrimas de uma expectativa frustrada terem sido devidamente enxugadas com o guardanapo do bar.

Qu’est-ce qu’il y’a dans le sac des filles?

Não seria uma caixa de Pandora?

Cheia de frutinhas irlandesas e manias de décadas passadas... Cafés com sorvetes e “gostamos de você, alegria de viver”. Porque se sabe da solidão que come por dentro... É uma certa falta de par para tanta ânsia, para o viver abissal. Mas se sabe também que, aqui, três é o encontro feito como uma pintura, e com tinta cintilante!

Que importa se quase ninguém quer mergulhar? Sempre se soube que mais ou menos é vida menor e nunca houve estômago para isso no que é doce, audaz e justo.

Que importa se os olhares normais julgam? Sempre se soube que das cicatrizes e das feridas ainda dilaceradas solo uno mismo puede saberlo. Então que esta condição seja o alívio e o consolo para los débiles que acreditam no real e se levantam todo dia só para comer e dormir. Sempre se soube que o real é o disfarce da crueldade e daquilo que é cru. Sempre se terá fé no delírio das gargalhadas mientras el autito sigue tocando Fleetwood: “tell me lies, tell me sweet little lies!”

texto e foto: Karla-Kristeva-Poulain, para Drica Pinica e Natalie-Poulain

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