O meu mundo não é como o dos outros.
Quero demais, exijo demais, há em mim uma sede de infinito,
uma angústia constante que nem eu mesma compreendo,
pois estou longe de ser uma pessimista;
sou antes uma exaltada, com uma alma intensa,
violenta, atormentada,
uma alma que não se sente bem onde está,
que tem saudade...sei lá de que!
Florbela Espanca, “Cartas de Florbela Espanca (a D. Júlia Alves e a Guido Battelli)”, 1931
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