sexta-feira, 30 de maio de 2008

kiss me



kiss me, out of the bearded barley

nightly, beside the green, green grass

swing, swing, swing the spinning step

you wear those shoes and I will wear that dress


oh, kiss me beneath the milky twilight

lead me out on the moonlit floor

lift your open hand

strike up the band and make the fireflies dance

silver moon's sparkling, so kiss me


kiss me down by the broken tree house

swing me upon its hanging tire

bring, bring, bring your flowered hat

we’ll take the trail marked on your father’s map


oh, kiss me beneath the milky twilight

lead me out on the moonlit floor

lift your open hand

strike up the band and make the fireflies dance

silver moon's sparkling, so kiss me


kiss me, beneath the milky twilight

lead me out on the moonlit floor

lift your open hand

strike up the band and make the fireflies dance

silver moon’s sparkling, so kiss me


so kiss me

so kiss me

so kiss me


Sixpence None the Richer, 1999






sábado, 24 de maio de 2008

every you every me



Andy boy, thanks for the gift!
you really got me.
love you...



sucker love is heaven sent
you pucker up, our passion's spent
my heart's a tart, your body's rent
my body's broken, yours is bent

carve your name into my arm
instead of stressed, I lie here charmed
cuz there's nothing else to do,
every me and every you.

sucker love, a box I choose
no other box I choose to use
another love I would abuse,
no circumstances could excuse

in the shape of things to come
too much poison come undone
cuz there's nothing else to do,
every me and every you.

every me and every you,
every me... he

sucker love is known to swing
prone to cling and waste these things
pucker up for heavens sake
there's never been so much at stake

I serve my head up on a plate
it's only comfort, calling late
cuz there's nothing else to do,
every me and every you.

every me and every you,
every me...he

like the naked leads the blind
I know I’m selfish, I’m unkind
sucker love I always find,
someone to bruise and leave behind

all alone in space and time
there's nothing here but what here's mine
something borrowed, something blue
every me and every you.

every me and every you,
every me... he

Placebo

today's fortune


What has traditionally been known as the World card points to the presiding intelligence, called "Sophia," or Wisdom, which upholds life on this and all worlds. A more precise title for this card might be "the Soul of the World," also applicable as a symbol of personal empowerment and freedom.

This card, like the Sun, is reputed to have no negative meaning no matter where or how it appears. If the Hermetic axiom is "Know Thyself", this image represents what becomes known when the true nature of Self is followed to creative freedom and its ultimate realization.

where is my mind?


my dearest Pixies + the fight club



my loved Placebo + 'the man'... Frank Black Francis

pills


:: entre a anestesia e a eutanásia,
continuamos a acreditar na cura ::



Filinto Venusto, a.k.a. Patrick Arley

segunda-feira, 19 de maio de 2008

entre uvas meio verdes e desejos já maduros



fui abrir e me constipei... mais uma vez

sempre entoando o (já) desgastado mantra: dessa vez é diferente, dessa vez é diferente! excesso de otimismo, de ingenuidade, ou o fato de que somos sempre diferentes, a cada vez? mais maduros, diriam, ou mais feridos, mais ásperos, mais famintos, mais sedentos, mais ávidos... mais afoitos ? ... et ça continue, encore et encore.

e o tempo da delicadeza, da doçura, da simplicidade a ser redescoberto, ou reinventado, o tempo das mãos dadas tímidas, tateantes, dos beijos surpresos de si mesmos, das pequenas e ricas surpresas, das risadas espontâneas e sorrisos sinceros, de alegrias simples, sem máscaras, sem subterfúgios, sem cálculos, de poder falar e calar e sonhar, de afinidades e preciosas diferenças, de ser piegas

quarta-feira, 14 de maio de 2008

qu’est-ce que se passe?


pour K. K.-Poulain e N. de B.-Poulain ... encore et encore

Não, você não sabe, você não sabe como tentei me interessar pelo desinteressantíssimo...

un peu plus tard...

Não, meu bem, não adianta bancar o distante: lá vem o amor nos dilacerar de novo...


Caio Fernando Abreu

vai passar ...


pra K. K.-Poulain e N. de B.-Poulain

Vai passar, tu sabes que vai passar. Talvez não amanhã, mas dentro de uma semana, um mês ou dois, quem sabe? O verão está ai, haverá sol quase todos os dias, e sempre resta essa coisa chamada "impulso vital". Pois esse impulso às vezes cruel, porque não permite que nenhuma dor insista por muito tempo, te empurrará quem sabe para o sol, para o mar, para uma nova estrada qualquer e, de repente, no meio de uma frase ou de um movimento te supreenderás pensando algo como "estou contente outra vez". Ou simplesmente "continuo", porque já não temos mais idade para, dramaticamente, usarmos palavras grandiloqüentes como "sempre" ou "nunca". Ninguém sabe como, mas aos poucos fomos aprendendo sobre a continuidade da vida, das pessoas e das coisas. Já não tentamos o suicidio nem cometemos gestos tresloucados. Alguns, sim - nós, não. Contidamente, continuamos. E substituimos expressões fatais como "não resistirei" por outras mais mansas, como "sei que vai passar". Esse o nosso jeito de continuar, o mais eficiente e também o mais cômodo, porque não implica em decisões, apenas em paciência.

Claro que no começo não terás sono ou dormirás demais. Fumarás muito, também, e talvez até mesmo te permitas tomar alguns desses comprimidos para disfarçar a dor. Claro que no começo, pouco depois de acordar, olhando à tua volta a paisagem de todo dia, sentirás atravessada não sabes se na garganta ou no peito ou na mente - e não importa - essa coisa que chamarás com cuidado, de "uma ausência". E haverá momentos em que esse osso duro se transformará numa espécie de coroa de arame farpado sobre tua cabeça, em garras, ratoeira e tenazes no teu coração. Atravessarás o dia fazendo coisas como tirar a poeira de livros antigos e velhos discos, como se não houvesse nada mais importante a fazer. E caminharás devagar pela casa, molhando as plantas e abrindo janelas para que sopre esse vento que deve levar embora memórias e cansaços.

Contarás nos dedos os dias que faltam para que termine o ano, não são muitos, pensarás com alívio. E morbidamente talvez enumeres todas as vezes que a loucura, a morte, a fome, a doença, a violência e o desespero roçaram teus ombros e os de teus amigos. Serão tantas que desistirás de contar. Então fingirás - aplicadamente, fingirás acreditar que no próximo ano tudo será diferente, que as coisas sempre se renovam. Embora saibas que há perdas realmente irreparáveis e que um braço amputado jamais se reconstituirá sozinho. Achando graça, pensarás com inveja na lagartixa, regenerando sua própria cauda cortada. Mas no espelho cru, os teus olhos já não acham graça.

Tão longe ficou o tempo, esse, e pensarás, no tempo, naquele, e sentirás uma vontade absurda de tomar atitudes como voltar para a casa de teus avós ou teus pais ou tomar um trem para um lugar desconhecido ou telefonar para um número qualquer (e contar, contar, contar) ou escrever uma carta tão desesperada que alguém se compadeça de ti e corra a te socorrer com chás e bolos, ajeitando as cobertas à tua volta e limpando o suor frio de tua testa.

Já não é tempo de desesperos. Refreias quase seguro as vontades impossíveis. Depois repetes, muitas vezes, como quem masca, ruminas uma frase escrita faz algum tempo. Qualquer coisa assim: - ... mastiga a ameixa frouxa. Mastiga , mastiga, mastiga: inventa o gosto insípido na boca seca ...

Caio Fernando Abreu

na mosca


para K. Kristeva-Poulain

Eu nunca fui uma moça bem-comportada. Pudera, nunca tive vocação pra alegria tímida, pra paixão sem orgasmos múltiplos ou pro amor mal-resolvido sem soluços. Eu quero da vida o que ela tem de cru e de belo e não estou aqui pra que vocês gostem de mim, mas pra aprender a gostar de cada detalhe que tenho e seduzir somente o que me acrescenta. Tenho uma relação de amor com a poesia e gosto de descascá-la até a fratura exposta da palavra. A palavra é meu inferno e minha paz. Sou dramática, intensa, transitória e tenho uma alegria em mim que quase me deixa exausta. Eu sei sorrir com os olhos e gargalhar com o corpo todo. Eu sei chorar toda encolhida abraçando as pernas. Por isso, não me venha com meios-termos, com mais ou menos ou qualquer coisa. Venha a mim com corpo, alma, vísceras, tripas e falta de ar.... Eu acredito é em suspiros, mãos massageando o peito ofegante de saudades intermináveis, em alegrias explosivas, em olhares faiscantes, em sorrisos com os olhos, em abraços que trazem pra vida da gente. Acredito em coisas sinceramente compartilhadas. Em gente que fala tocando no outro de alguma forma, no toque mesmo, na voz ou no conteúdo. Eu acredito em profundidades. E tenho medo de altura, mas não evito meus abismos: são eles que me dão a dimensão do que sou.

Sou composta por urgências: minhas alegrias são intensas; minhas tristezas, absolutas. Me entupo de ausências, me esvazio de excessos. Eu não caibo no estreito, eu só vivo nos extremos. Eu caminho, desequilibrada, em cima de uma linha tênue entre a lucidez e a loucura. De ter amigos eu gosto porque preciso de ajuda pra sentir, embora quem se relacione comigo saiba que é por conta-própria e auto-risco. O que tenho de mais obscuro, é o que me ilumina. E a minha lucidez é que é perigosa (como dizia Clarice Lispector). Se eu pudesse me resumir, diria que sou irremediável!

Marla de Queiroz
http://doidademarluquices.blogspot.com/2006_03_01_archive.html

sexta-feira, 9 de maio de 2008

voragem


Seu coração disse pra sua cabeça, vá,
e sua cabeça disse pra sua coragem, vou,

e sua coragem respondeu, vou nada,

mas sua boca não ouviu e beijou.


Adriana Falcão, "A Máquina"

segunda-feira, 5 de maio de 2008

bring me to life


How can you see into my eyes like open doors
Leading you down into my core

Where I've become so numb without a soul

My spirit sleeping somewhere cold

Until you find it there and lead it back home.

(Wake me up)
Wake me up inside
(I can't wake up)

Wake me up inside

(Save me)

Call my name and save me from the dark
(Wake me up)
Bid my blood to run

(I can't wake up)

Before I come undone

(Save me)
Save me from the nothing I've become.


Now that I know what I'm without

You can't just leave me

Breathe into me and make me real

Bring me to life


(Wake me up)

Wake me up inside

(I can't wake up)

Wake me up inside

(Save me)

Call my name and save me from the dark.

(Wake me up)

Bid my blood to run.

(I can't wake up)
Before I come undone.

(Save me)

Save me from the nothing I've become


Bring me to life.

I've been living a lie / There's nothing inside.
Bring me to life.


Frozen inside without your touch,

without your love, darling.

Only you are the life among the dead.


All of this time
I can't believe I couldn't see
Kept in the dark
but you were there in front of me

I've been sleeping a 1000 years it seems.

Got to open my eyes to everything.

Without a thought

Without a voice

Without a soul

Don't let me die here there must be something more
Bring me to life


(Wake me up)
Wake me up inside

(I can't wake up)

Wake me up inside
(Save me)

Call my name and save me from the dark

(Wake me up)
Bid my blood to run
(I can't wake up)
Before I come undone
(Save me)

Save me from the nothing I've become.


Bring me to life.
I've been living a lie

There's nothing inside.
Bring me to life...

Evanescence (Amy Lee / Ben Moody / David Hodges),
Fallen, 2003



domingo, 4 de maio de 2008

roda da fortuna


Sunday, May 4th, 2008


The World


You are in a timeless state of grace where there is no doubt, shame or grief.

This card, like the Sun, is reputed to have no negative meaning no matter where or how it appears.

If the Hermetic axiom is "Know Thyself", this image represents what becomes known when the true nature of Self is followed to creative freedom and its ultimate realization.





The Well


The well has served as a universal symbol for that which sustains life and provides a constant source of nourishment for the life-force. Just as a well can be deepened to produce cleaner water, so can we enrich our lives by delving deeply into our essential natures. This image suggests that with depth comes clarity. Be patient, and penetrate problems and your own nature to the core. When greater depth is desired, a lessening of speed is required.

I love to love


Paixão é quando
apesar da placa "perigo"

o desejo vai e entra.


Adriana Falcão

sábado, 3 de maio de 2008

pêssego


(enviada por Karla Poulain-Kristeva
companheira de viagem
e de insanidade)




Proust
Só de ouvir a voz de Albertine entrava em orgasmo.
Se diz que:

O olhar de voyeur tem condições de phalo
(possui o que vê).
Mas é pelo tato
Que a fonte do amor se abre.
Apalpar desabrocha o talo.
O tato é mais que o ver
É mais que o ouvir
É mais que o cheirar.
É pelo beijo que o amor se edifica.
É no calor da boca
Que o alarme da carne grita.
E se abre docemente
Como um pêssego de Deus.

Manoel de Barros, "Poemas Rupestres" (2004)

quinta-feira, 1 de maio de 2008

today's fortune

You must accept a dilemma for the next few weeks as you try to withdraw from the noisy hustle-bustle of life. Your inner voice is attempting to convince you to stay home and take it easy, but this could directly conflict with your job or your desire for more social activities. There is no need to struggle; recharge your energy by enjoying time with friends and family or just take off for a while by yourself.


About The Star
Astro Association: Aquarius
Element: Air
Number: 17
Alias: Grace